
Sem culpa, sem resistência, sem dó
Famílias inteiras pela dor arrasadas
A cada morte vivemos um efeito dominó
O negro sempre foi caçado
Nunca teve liberdade desde a escravidão
O seu destino parece traçado
A sociedade os ignora sem perdão
Que mundo é esse com tanto racismo?
Quanta injustiça ainda teremos que aguentar?
Parece que a humanidade beira o abismo
É difícil enxergar atitudes para mudar
Triste saber que não nos tratamos como irmãos
Que vivemos ignorando a nossa própria raça
Será que algum dia viveremos em união?
Não existe mal que não se desfaça
Alécio Souza
Obs.: Parece inacreditável que em pleno 2020 o racismo esteja tão impregnado na sociedade e causando tantos assassinatos brutais, violência, humilhações, preconceitos, ataques virtuais e bullying em diversos países ao redor do mundo. Fiz este poema com toda a dor e indignação que tamanhas atrocidades me causam e sem saber se algum dia nos livraremos desse câncer que é o racismo. Dedico este poema para o menino João Pedro fuzilado dentro de casa por policiais no Rio de Janeiro, para a pequena Ághata Félix fuzilada dentro de uma Kombi escolar por policiais no Rio de Janeiro e também para o americano George Floyd assassinado brutalmente por um policial de Minneapolis (EUA).
#vidasnegrasimportam #blacklivesmatter #JusticeForFloyd #JustiçaParaFloyd
Para completar a postagem eu não poderia esquecer de colocar a música que se tornou o hino das manifestações antirracismo nos EUA, a belíssima canção "Lean On Me" de Bill Withers. A letra da canção é espetacular e bastante propícia para o momento atual.