sexta-feira, 10 de abril de 2015

VIVEMOS UM APARTHEID SOCIAL



Olá meus amigos, vamos tirar a poeira desse blog e colocar em discussão um assunto bastante em moda atualmente no Brasil, a nossa política. Ano passado tivemos eleições para eleger os nossos governadores e também o presidente da nação pelos próximos quatro anos.

Pois bem, a presidenta Dilma foi reeleita com uma pequena vantagem sobre o seu adversário Aécio Neves, houve praticamente um empate técnico e muito se discutiu que o país estava dividido. Houve pessoas alopradas que no desespero de ver o seu candidato ter perdido as eleições propuseram a separação do país, como se a responsabilidade ou “culpa” pela reeleição da presidenta Dilma tivesse sido provocada por algumas regiões do Brasil como Norte e Nordeste. É realmente lamentável que no Brasil determinadas regiões como Sul e Sudeste se considerem melhores, mais produtivas, melhor preparadas, informadas ou educadas do que outras regiões do país, isso se chama preconceito e muita arrogância também. Por alguns dias nas redes sociais vimos todo tipo de intolerância contra nordestinos num verdadeiro “apartheid” social, onde os separatistas do Sul insultavam e humilhavam os nossos irmãos do Norte e Nordeste, fato desprezível e degradante.

Nesse mesmo período pré e pós-eleições o que vimos em redes sociais, em comentários de bar e nas empresas, em nossas famílias e etc, foram pessoas se digladiando por ideologias e escolhas distintas. Eu acredito que numa disputa como essa não existe o certo e o errado, cada um possui as suas convicções, os seus dogmas, a sua experiência de vida e não cabe julgar a opinião das outras pessoas, sejam elas suas amigas ou não. Em determinados momentos ficou uma discussão entre as posições políticas de direita x esquerda, entre “coxinhas x petralhas”, discussões nada saudáveis, pois havia radicalismos em ambos os lados, pessoas até perderam amigos nesses embates, algo sem nenhum sentido.

Recentemente tivemos duas grandes manifestações por todo o Brasil em apoio e também contrário ao governo atual, fato importante para a nossa democracia e que mostra parte da população satisfeita com o resultado das eleições, mas querendo algumas mudanças e outra parte totalmente insatisfeita, cobrando também mudanças e até o impeachment da presidenta. Como em toda manifestação houve excessos, xingamentos desnecessários, brigas entre adversários políticos e até mesmo pessoas querendo a volta do regime militar, algo totalmente desprezível.

Eu acredito sinceramente que independente de ter vencido A ou B, o brasileiro precisa cobrar dos seus comandantes uma administração honesta, coerente, responsável e acima de tudo priorizando as políticas sociais e as reformas necessárias para que o país continue o seu desenvolvimento e crescimento como nação emergente. Há muita coisa para se fazer, muita coisa para se melhorar e para isto acontecer é necessária que cada pessoa também faça a sua parte, pois é muito cômodo cobrar dos governantes transparência e honestidade quando nós mesmos não somos honestos ou corretos em nossas vidas. O sujeito que não respeita as leis, que compra a carteira de motorista ou de estudante, que não é solidário com os idosos, com os pedestres nas ruas, que ocupa vaga exclusiva para deficientes em estacionamentos, que quer levar vantagem em tudo não são dignos de clamar por justiça e decência na política.

Se quisermos um futuro melhor para os nossos filhos e para a nossa população temos que nos tornar pessoas melhores também ou nenhum político seja de qual ideologia ou partido for nada poderá fazer para mudar e melhorar o nosso Brasil. A consciência e honestidade devem começar em nossas casas, em cada família brasileira, assim poderemos cobrar dignidade e soluções para o nosso país que precisa muito se reerguer e crescer.

2 comentários:

  1. Excelente texto, adorei! Você escreve muito bem, sábias palavras. Parabéns e super abraço!

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  2. Sim ,não dá pra mudar um pais , sem antes mudar a consciencia de seus habitantes. Saudades de ler textos tão bons quanto os teus. Bjos achocolatados

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